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Raquel Santos
3 Janeiro 2016
Desde que iniciei os meus estudos em Feng Shui que me deparo muitas vezes com a situação de ter de explicar o que significa esta arte milenar chinesa. Até aqui tudo normal. Afinal quem não gosta de falar da sua própria paixão? Mas se o conceito já não é fácil de explicar por si só, tudo se torna ainda mais difícil quando o interessado em ouvir o que temos para dizer é um céptico por natureza. Contudo, para mim que também tenho uma mente bastante racional, este é um desafio que aceito com gosto.

Por norma, tudo aquilo que é rejeitado pelos ditos “cépticos” passa fundamentalmente por duas grandes questões: ou ainda não foi provado cientificamente, ou não passou no teste do “ver para crer”. Em relação ao primeiro crivo, mal se fala na palavra “energia” e a explicação encrava logo aí. No entanto, todos sabemos como este conceito está mais do que estudado pela física. O problema vem do facto do Feng Shui não estar, e quanto a isso, infelizmente, não posso fazer nada. Quanto ao “ver para crer”, na verdade esta expressão está muito ligada ao ponto anterior, pois todos nós sabemos que há questões que os nossos 5 sentidos não conseguem apreender e não é por isso que não acreditamos nelas. Desde que a ciência o tenha provado, então é porque existe!

Mas felizmente o Ser Humano não tem por natureza ficar sempre à espera que venha a ciência provar o que quer que seja, para acreditar naquilo que consegue à partida “sentir” (não de uma forma física). E é aí que entra a minha explicação do Feng Shui aos menos crentes. Para isso costumo dar o exemplo da Lua e do já velhinho e bem português “Borda d’Água”. Para quem ainda não ouviu falar dele, o Borda d’Água é um almanaque que, entre outras coisas, serve para consultar as fases da lua. E para os agricultores isso é imprescindível! Por exemplo, sabia que se a cebola for semeada no quarto crescente ela apodrece? Mal ou bem todos nós sabemos como a Lua influencia a agricultura e as marés (já para não falar das mulheres). E no entanto, a sua influência é algo que não se vê nem se sente.

Ora, o mesmo se passa com o Feng Shui. Antes mesmo de o Homem ter à sua disposição tudo aquilo de que precisa para viver, a sua única forma de sobrevivência passava pela observação minuciosa da Natureza. E foi isso mesmo o que os antigos Homens que viviam no território a que hoje chamamos de China fizeram – estudaram cuidadosamente o céu (estrelas, lua, etc.), a terra (montanhas, planícies, tipos de solo, a circulação do ar e das correntes de água, as diferentes temperaturas, etc.), e o tempo (seja ele meteorológico ou de ciclo de vida), e a forma como estas três componentes influenciam o Ser Humano, tal como o fazem com qualquer outro Ser ou elemento do planeta Terra. E a isto chamaram de Feng Shui! É tão simples quanto isso.

Feng Shui, na sua raiz, não tem nada a ver com esoterismo ou espiritualidade (pelo menos na forma como hoje em dia conhecemos este segundo conceito). Tem sim a ver com a forma como nos relacionamos com o nosso meio e somos afectados por ele. E o problema está no facto de acharmos que hoje em dia somos impermeáveis a tudo, pois a nossa evolução permite-nos fazer (quase) tudo o que queremos, não estando mais à mercê da própria mãe Natureza. Mas isto, é uma grande ilusão… Por isso, se acredita que ao semear cebolas no quarto crescente não vai correr bem (e até nem sabe explicar bem porquê), então o que lhe peço é que também esteja de mente aberta quando lhe digo que o terreno onde escolheu construir a sua casa, e a forma como a decidiu posicionar e erguê-la, também irão influenciá-lo(a) a si e à sua vida.

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