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Paula Alexandra Oliveira
23 Abril 2020
A chegada do ano do Rato de Metal trouxe-nos um presente de consciência para todo o planeta e para toda a humanidade. Por isso, não tenho melhores frases para começar este artigo do que citar Charles Dickens no parágrafo de abertura do seu livro “Um conto de duas cidades”:
"Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, foi a idade da sabedoria, foi a idade da ignorância, foi a época da fé, foi a época da incredulidade, foi a estação da luz, foi a estação das trevas, foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero.  Tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós.”
A metafísica chinesa ensina-nos que toda a vida como a conhecemos e todos os fenómenos da criação estão neste pêndulo ou ciclo eterno entre a luz e a sombra, entre a noite e o dia e tudo o que nos acontece individualmente acontece a todos e ao TODO porque somos a expressão da individualidade cósmica, da individualidade única.
Na fase onde nos encontramos, não falar sobre a pandemia é, literalmente, ignorar o elefante na sala.
Convido-vos, pois, a conhecer a nossa visão sobre este momento que pode ter aparecido de surpresa e tomar-nos a todos desprevenidos com as suas implicações.
No entanto, é bastante simples antecipar as consequências de algo quando tomamos atenção ao que plantamos. Se eu plantar uma laranjeira, que fruto vou esperar colher? dificilmente posso esperar maçãs.
E este ritmo cíclico e de ação consequência está em tudo nas nossas vidas, nós é que muitas vezes não prestamos atenção.
Tudo o que fazemos fora é resultado e espelho do que carregamos dentro. Tudo o que fazemos ao planeta ele devolve. No início deste acontecimento em conversa com o meu mestre João Borges, diretor da Escola Nacional de Feng Shui, ele chamava a atenção para este ponto que me parece muito relevante e que partilho aqui: nos últimos anos temos assistido no maior ou menor conforto das nossas casas, com uma atitude mais ou menos passiva à destruição maciça das grandes e pequenas florestas do planeta, ou seja, dos seus pulmões. Então podemos mesmo ficar tão surpreendidos quando aparece um vírus que ataca os pulmões dos seres humanos?
Vi, no outro dia uma frase no início de um filme que terá sido dita por um prémio Nobel da medicina cujo nome queria recordar-me, mas não tenho presente e que dizia: “o único impedimento ao domínio do planeta pelo homem é o vírus!”.
Ora a metafisica chinesa ensina-nos que não cabe ao homem dominar o planeta, cabe-lhe viver nele e evoluir com ele! Somos um composto de células, moléculas e elementos que, pela força da sua vibração máxima se condensaram em matéria, mas não deixamos de ser essas moléculas que provém da mesma fonte de onde nasceram todos os outros fenómenos do ambiente que partilhamos. 
Como estes, estamos sujeitos a duas forças primordiais: a força do Céu e a força da Terra e, por consequência, às suas leis.
Uma das forças do fenómeno Céu é a Precessão dos Equinócios.
Em linguagem mais simplificada a Precessão é o movimento circular do eixo de rotação da Terra. O planeta é como um pião e, o pião gira sobre o seu eixo, mas de forma inclinada.
Este movimento faz com que o Pólo norte e o Pólo Sul não apontem sempre para a mesma estrela ou constelação no céu. Este movimento dá-se ao longo de um período de, mais ou menos 26000 anos, o que significa que o ponto para que ele aponta descreve um círculo no céu em 26000 anos.
Hoje ele está quase a apontar para a estrela Polaris (a estrela polar), mas há mais ou menos 13000 anos (metade de 26000) ele apontava para a estrela Vega (da constelação de balança).
E, desde tempos imemoriais que são várias as culturas que falam sobre a evolução do homem neste planeta e são várias as profecias que anunciam a mudança dos tempos e das vontades. Este planeta evolui pela lei da mudança contínua e da dualidade por isso a construção e destruição caminham de mãos dadas.
Se dividirmos estes quase 26000 anos por 12 (30 graus para cada signo do zodíaco), temos um período de 2.160 anos em que esse ponto permanece no mesmo signo. A cada 72 anos, esse ponto desloca-se em um grau. Esses períodos de 2.160 anos podem ser vistos como um grande relógio que divide a história da humanidade em grandes eras. 
E, assim, ao bater das badaladas deste relógio, uma nova onda de mentalidade atinge a humanidade e novas formas e maneiras de pensar a vida surgem.
As civilizações antigas estavam mais conectadas com esse sentir e percebiam que muitas das suas escolhas e os seus impulsos eram norteados por uma força que vinha do Céu, oriunda de determinada região e seus cultos religiosos eram dirigidos a essas energias originais.
Ao longos dos 16 anos de estudos nos caminhos da Metafísica chinesa ouvi muitas vezes esta explicação: se prestarmos atenção à divisão desse ciclo de 26000 anos em duas grandes metades há cerca de 12850 a 13000 anos quando o eixo apontava para a estrela Veja, o planeta sofreu uma grande transformação pelo elemento Água.
Há quem chame destruição a esse momento, mas a palavra transformação, no meu entender, é mais positiva e adequada a algo que renasce e se renova e isso é a manifestação da vida como a conhecemos.
Esse momento deu início a uma fase de crescimento Yang da energia e nasceu uma era completamente voltada para o desenvolvimento material.
Neste ciclo, os períodos de tempo seguem uma sequência Yin, ou seja, andam para trás (vejamos pelo cálculo do Ki das 9 Estrelas, o ano de 2018 foi um ano 9, 2019 ano 8, 2020 é um ano 7) enquanto o nosso movimento segue para a frente. E há muitos anos que os meus mestres ouvem dos seus mestres e repetem aos seus alunos a indicação que, ao fim desses 12850 anos, quando o eixo do planeta estiver voltado para a estrela Polaris vamos estar na linha da frente para assistir a uma transformação pela energia Fogo. Sendo Água e Fogo as duas linhas opostas e complementares deste ciclo eterno do Yin a transformar-se em Yang.
Após este momento de transformação o planeta e as suas gentes entrarão numa sequência de períodos de tempo Yang e o impacto no ser humano será uma maior tendência para a espiritualização e vivencia mais integrada com o ambiente e o TODO.
Estamos, hoje, na linha da frente a assistir a esta transformação. E o que é a transformação pelo Fogo? bom, é  fácil: temos visto desde meados do século XX o surgimento e crescimento da energia nuclear; temos o avanço e uso desenfreado da tecnologia ( tecnologia é energia Fogo porque tem um movimento expansivo e cria conexões); temos a queimada de florestas; temos a energia do terrorismo e o fundamentalismo é uma expressão desalinhada da energia Fogo porque é uma força de paixão descontrolada. Temos a poluição pelo excesso de plástico nos oceanos e o material plástico é de energia Fogo; temos assistido a mudanças significativas de alterações de temperatura com a destruição da camada de ozono e, consequentemente, o derreter das calotas polares. E, finalmente, entre outras coisas, o Vírus. Os Vírus são energia Fogo, ainda que cada um posso expressar qualidades de outros elementos, são, na sua essência, energia Fogo e são  porque se espalham  com imensa facilidade, criando muitas conexões e têm uma grande capacidade de adaptação e de mutação. As notícias afirmam que o Corona Vírus já teve mais de 30 mutações distintas.
Isto é a energia Fogo na sua expressão mais sombria.
Agora merece a pena expressar o que é a energia Fogo na sua expressão luminosa:
É o calor que, desde tempos imemoriais nos aquece e nos reúne; é o amor que empatiza e que acalma; é viver pela alegria maior de manifestar o prazer de estar vivo! O Fogo é o sorriso que se converte numa gargalhada que cura. E é, principalmente, o farol que ilumina a noite mais escura e a vela que nos guia nos caminhos mais sombrios.
A esse farol e a essa vela chamo eu, aqui, neste artigo de SABER. O Fogo é, também, na sua melhor expressão a busca de conhecimento e a transmutação do sofrimento em sabedoria de vida. O Fogo, pela busca da sabedoria é a consciência da conexão que se faz em nós e que nos mostra que estamos ligados a tudo, a todos e ao TODO.
A proposta que as sociedades em que vivemos têm para nos apresentar em momentos destes é a de nos separarmos uns dos outros e do ambiente em que vivemos porque, segundo a sociedade, certas manifestações no ambiente podem matar-nos e o sistema não aguenta cuidar de tanta gente doente ao mesmo. Sabem o que é que também adoece e mata? O egoísmo de achar-mos que não somos todos parte desse mesmo ambiente e, vou mais longe, de não nos responsabilizar-mos pelas nossas ações nesse ambiente. Assim como não nos responsabilizamos pela manutenção da nossa saúde nem damos importância às escolhas que fazemos a cada dia que somos convidados a viver. Tomamos a vida por garantida e damos, muitos de nós, o poder aos outros para que cuidem de nós!
Sim, é necessário ficar em casa pelo impacto no sistema que escolhemos para viver, porque é, no limite, escolha de todos. E é necessário perceber o quanto a nossa ação afeta os outros! Estamos a perceber isso? Eu espero que sim. Porque o momento em que deixarmos de sair à rua para não apanhar vírus, mas ficamos em casa, com os mesmos hábitos alimentares e vícios destrutivos á espera que o Sistema Nacional de Saúde e o Estado tenham força suficiente para cuidar de todos e nos salvar a todos é o momento em que estamos a assinar a nossa sentença de morte. Nada externo tem a capacidade máxima de nos ajudar se não nos ajudar-mos também a nós mesmos. Esses organismos cumprem a função que lhes cabe, de nos ajudar em momentos limite. Mas cabe-nos a nós fortalecermos a nossa saúde em tudo o que isso implica.
É nesta expressão máxima de busca de sabedoria que nos permita viver com mais saúde em melhor conexão com o TODO que entram as artes da Metafisica Chinesa, e, em particular a arte do Feng Shui.
A arte do Feng Shui acorda em nós a consciência da importância e o impacto maior que o ambiente tem na nossa existência. Ensina-nos que a VIDA que destruímos diariamente com atitudes infantis existe neste planeta há de milhões de anos e não nos cabe a nós melhorá-la e ensiná-la. Cabe-nos largar a arrogância e aprender. Aprender com as mensagens do tempo, aprender com os ciclos da vida, aprender a observar e a responsabilizar-me por tudo o que eu planto porque só o que eu planto vou conseguir colher. E aprender sobre a arte do ambiente é conhecer a melhor altura para plantar, para cuidar, para regar e para receber os frutos. É perceber que tudo o que sou dentro expresso na casa que escolho e no ambiente fora. É saber até que ponto a casa onde eu escolhi viver e que, em momentos como este sou obrigada a permanecer está, realmente, a vibrar em sintonia comigo para me devolver um melhor potencial de saúde e prosperidade. E, se não está, o que posso fazer para minimizar esse confronto entre mim e o ambiente onde vivo. Desta forma eu consigo, de uma maneira integrada e duradora fortalecer o meu sistema imunitário. E um sistema imunitário saudável adapta-se com relativa tranquilidade a agressões do ambiente externo.
Esta tem sido a mensagem e a proposta da Escola Nacional de Feng Shui há mais de vinte anos e esta proposta está, hoje, ainda mais presente e faz-se, cada vez mais necessária.
Nas vésperas de abertura de um novo curso de Feng Shui que começa no último fim de semana de maio e que, agora, também tem a possibilidade de assistir por videoconferência foi, é, e continuará a ser uma oportunidade de assumir o comando na sua vida nas suas mãos.
Propomos um conhecimento integrado das leis que regem o ambiente em que vivemos com o estudo da forma externa e interna dos nossos ambientes e o seu impacto na vida humana; partilhamos o estudo do sistema das “Estrelas Voadoras” que nos mostra o potencial de saúde e de prosperidade de uma casa, acompanhado pelo estudo de quem somos energeticamente com módulos de Ki das 9 Estrelas e de BaZi ( astrologia chinesa ou estudo do destino) e refinado com práticas mais intuitivas de equilíbrio energético com Feng Shui intuitivo e a Geobiologia. Assim, propomos o ensino e partilha da arte da HARMONIA enquanto nos encontramos na eterna roda da VIDA.
Deixo-vos desejando a todos muita saúde e, principalmente consciência e responsabilidade pelas vossas escolhas e com uma mensagem bonita de Rolando Toro Araneda, ele também um estudioso de Metafísica Chinesa e nela foi buscar muito da inspiração que colocou no sistema que criou, a Biodanza, ou dança da VIDA e que é, também, uma das minhas grandes alegria e uma forma bonita de potenciar em mim, tal como a prática do Feng Shui, a alegria de SER e VIVER o Fogo na sua melhor expressão!
Todos Somos Um
 
A força que nos conduz
é a mesma que acende o sol
que anima os mares
e faz florescer as cerejeiras.
 
A força que nos move
é a mesma que estremece as sementes
com sua mensagem imemorial de vida.
 
A dança gera o destino
sob as mesmas leis que vinculam
a flor à brisa.
 
Sob o girassol de harmonia
todos somos um.
 

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